Nos próximos capítulos da novela “O Rei do Gado”, reprisada no Vale a Pena Ver de Novo. Caxias (Carlos Vereza) é assassinado brutalmente, após conseguir aprovar um projeto de lei a favor dos sem-terra. A luta do senador acabará tragicamente, mas ele ainda deixará uma mensagem de paz antes de partir. “O sonho da minha vida toda tá aqui… tá aqui… … Paz…. Paz… Violência não”, pedirá o político desfalecendo nos braços de Regino (Jackson Antunes).
A princípio, Regino e o Senador Caxias estarão caminhando ao lado dos trabalhadores sem terra em uma vasta propriedade. Na ocasião, o marido de Jacira (Ana Beatriz Nogueira) questiona sobre a conquista de Caxias meio desacreditado. “O senador acredita que essa tar lei do Rito Sumário… e esse tar de novo imposto da
terra, vai resolver memo o probrema da terra?”
Animado, o senador, então responde: “É claro que eu acredito, Regino! Eu estou jogando todas as minhas esperanças nisso!”, Sagaz, Regino pressiona: “E a Justiça vai fazer cumprir essas leis, senador?”, perguntará o batalhador.
“Vai, Regino! Vai! … Porque, se a Justiça não cumprir, ela vai ter que responder perante a história; não só pelo o que acontece aqui… mas porque cada canto desse país, onde se disputa um pedaço de terra para se plantar alguma coisa!”, garantirá o veterano.
Caxias é assassinado brutalmente
Por outro lado, o líder dos sem terra se mostra mais realista afirmando que não apostaria nisso. No entanto, o político sorri e comemora: “Hahaha! Mas eu aposto, amigo Regino! Hahaha eu aposto! Eu aposto a minha vida nisso! … Eu aposto a minha própria vida nisso, amigo Regino! Aposto nisso… A minha própria vida, Regino… A minha própria vida…”
Em seguida, o senador Caxias se afasta do grupo, Regino o acompanhará logo atrás, quando de repente sons de tiros são ouvidos no campo aberto. Logo após, o público verá o rastro de sangue no peito do Senador, assim Caxias é assassinado brutalmente, este vai perdendo o controle do próprio corpo e acaba ajoelhado no chão.
Desesperado, Regino corre em busca do atirador, mas não vê nada ao seu redor. Voltando para o lado de Caxias ele se ajoelha e o ampara. Nesse instante, os homens de Regino que haviam corrido para se proteger, chegam cada vez mais perto, preocupadíssimos. Enquanto isso, o político abre sua pasta e tira documentos dela, entregando-os a Regino. Quase sem forças ele sussurra:
“Eu te peço uma coisa… … Não deixa… Não deixa que… Ai, tá doendo agora… Não deixa que essa morte minha… seja à toa não, Regino… Não adianta você fazer mais nada… … Eu só te peço… … Não deixa que essa minha morte seja em vão… Aqui oh… É o sonho da minha vida toda tá aqui… tá aqui… … Paz…. Paz… Violência não, Regino… A cada…. Movimento de violência… eu te peço, meu… meu irmão…. Pelo amor de Deus… responde com paz… Paz…”, sussurrará o pai de Liliana antes de morrer.
Maria Rosa surpreende com atitude
Logo após, a notícia do assassinato se espalhará pelo país e jornalistas vão até a residência de Caxias no Rio de Janeiro. Será dessa forma, que Maria Rosa e Liliana saberão da tragédia. “Estão dizendo… que o senador está morto…”, avisará a empregada deixando mãe e filha em choque.
Contudo, Maria Rosa comparecerá no velório do ex-marido, e lamentará o desdém do presidente da república e o ministro da reforma agrária, que não compareceram para se despedir. Bruno (Antônio Fagundes) que também está no local, tentará consolar a veterana, mas a mesma será realista afirmando que o senador não era tão importante assim para eles.
Em seguida, Rosa ouvirá alguém entrando pelo corredor e tirará os óculos escuros para ter certeza do que está vendo. Se trata de Chiquita (Arieta Corrêa). Nesse instante, a madame toma uma atitude inimaginável. Sem causar nenhuma confusão, ela se retira do lado do falecido e solta: “Pra alguém ele deveria ser muito importante. Eu vou me retirar Bruno”.
Em silêncio, o rei do gado vê a mulher se afastar com passos firmes e passar ao lado de Chiquita que entra para dar seu último adeus ao seu grande amor. Com o coração na mão e sem acreditar que aquilo está realmente acontecendo, ela acaricia o amado com muito carinho e coloca uma rosa-branca banhada com suas lágrimas nas mãos do senador. Tentando se controlar ela dá um último beijo na testa do homem que ela tanto respeita e admira.